terça-feira, 10 de abril de 2012



O Amor se divide em três categorias segundo a sabedoria grega: Eros, Philia e Ágape.

Muitos choram por causa de Eros, o amor da apreciação, pois essa fase é intensa e poderosa para aqueles que não tem o discernimento. Eros era também deus dentro da mitologia grega, porém a representação deste nunca foi do amor e sim da paixão.

A paixão entra por nós como a flecha do cupido. É forte e penetra com intensidade, por isso também machuca e fere mortalmente.

É nisso que se consiste a Paixão de Cristo, um amor tão forte e tão intenso a ponto de se entregar as mais cruéis torturas para a salvação: "Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna." (São João 3, 16)

Porém esse amor não é o amor Eros e nem a paixão, pois Eros é uma apreciação meramente física ou intelectual e na paixão você é machucado e não permite se machucar. O que é descrito no Calvário é o mais perfeito, é o amor Ágape.

Enfim, quem supera Eros entra na Philia. Philia=filiação, é um amor que você já encontra na sua vida, primariamente com seus amigos, família e as pessoas que você admira. É nessa época que o amor começa a amadurecer, mas de fato sempre haverá um sentido de Eros nesse amor, pois você sempre sentirá um ciumes da pessoa amada, porém sem tanta intensidade.

Por isso a ciência diz que existe um limite de tempo para o amor, como se a alma pudesse ser explicada. Como se nossos avós se amaram até a morte por mero compromisso social.

Quem ultrapassa a Philia chega ao amor Ágape e esse sim supera qualquer coisa, pois ele aceita a pessoa, mas não se acomoda com um "ele é assim mesmo", nem quem passe a vida inteira sem conseguir nada.

O Ágape é belo, pois mesmo irritado com alguém, você seria capaz de sacrificar a sua vida por ela.

O problema do amor desta geração inescrupulosa (sem consciência; sem princípios) é dedicar um amor Eros com extrema força a uma única pessoa, deixando de lado inclusive seu próprio eu. O que própria Bíblia diz que é impossível: "Ama o teu próximo como a ti mesmo" (Gl 5,14) ou então, perdoa o teu próximo como perdoaria a si mesmo.

Nada é maior que o amor Ágape. Um exemplo dele é o amor que se constitui num matrimônio, porém com o envolvimento de Eros, para que a espécie se procrie.

O Ágape não deve ser guardado a um número mínimo de pessoas, mas deve ser expandido a todos, pois Aquele que viveu com maior intensidade esse amor Ágape, nos ensinou a usá-lo, inclusive, contra quem nos machuca e nos odeia.

"Amor é sagrado."